Não adianta. Costurar é bom de qualquer maneira, mas há algo especial na costura a mão, além do capricho, o feito à mão e realizado com cuidado, tem um valor imenso.
Lembro bem das primeiras vezes em que costurei a mão... eu era pequena e minha mãe “acolchoava colchas” para uma fábrica. Costurar a mão e em casa era uma maneira de reforçar o orçamento e cuidar das filhas ao mesmo tempo...
Onde brincávamos?
Ali mesmo, embaixo da mesa... com os panos que sobravam, com os fios... fazendo daquele espaço uma “barraca”...e assim passávamos as tardes, sob as mãos e as costuras...da minha mãe. E eu adorava ver ela aplicando “plissês”, que era um pedaço de cetim passadinho, que, costurado na colcha parecia um leque... eram lindos, e quando ganhava um, virava saia de boneca.
Foi assim que aprendi a costurar: a Mão.
Fazia meus experimentos de costura, roupas de bonecas...
Depois, tive a maior sorte do mundo... ganhei, de Natal, uma Mini
Mas houve o tempo em que quis costurar na máquina da minha mãe, e aprender a costurar “como gente grande”... (escondida, quando ela saía)... costurei até o meu dedo!
E assim, minha mãe me ensinou coisas costurísticas muito importantes...
...
Esse é mais um fragmento da minha história...com a costura...tecida por tantos projetos...testes, erros, acertos...experiências. E foi assim que percebi que no meu DNA está escrito com letras maiúsculas o verbo: COSTURAR.
Se eu não conjugar esse verbo seguidamente, meu corpo se manifesta...reclama...grita...
E costurar a mão ou a máquina me liga à esses sentimentos tão saudáveis da vida.
[nem dá para perceber né...]
Com elas, aprendi que capricho é algo que se conquista com paciência, planejando atentamente cada passo de um projeto...seja ele pequeno ou grande... a mão ou a máquina.
Mas...de preferência: A Mão.
Sinara, eu também costurava na infância! Minha Suzi tinha calça "de brim", colares, sapatos, chapéus e vestidos de princesa (costurados ou crochetados). Se empacava em alguma costura, pois as mirabolâncias da minha cabeça nem sempre davam certo, eu pulava pra outra construção. Por isso a Suzi ganhou uma geladeira e vários móveis para a sua casa, que ficava permanentemente montada num canto da sala. Que a vida seja plena de costuras e de projetos levados a capricho!
ResponderExcluirCoisa bem boa essas lembranças... é uma pena tantas crianças hoje não tenham oportunidade de inventar as suas próprias "construções mirabolantes"...
ResponderExcluirMas a tua Suzi era chique heim? Geladeira...móveis... "te mete"!
bjs Carmem!
Nossa.
ResponderExcluirEu também tinha essa maquininha.Ganhei de Natal e amei. Fiz muitas invensões. Mas meu pai, beeem intencionado emprestou para meus primos e primas brincarem...nunca mais.
Sniff.. agora tenho a minha..também de plastico, mas para outros "inventus".