Feliz Natal

É Natal...
E logo um novo ano chegará... cheio de energias renovadas, planos, sonhos a realizar...

Nessa semana, participei de um importante ritual em família que se realiza nessa época: fazer biscoitos de natal.
Essa é uma prática da minha família, que há tempos reúne as mulheres e crianças em uma confusão anual, com direito a farinha por toda parte, forminhas de coração, anjinho, nuvens, cestinha... rolo de massa... merengada... confeitos espalhados pela casa.
Momentos tão saborosos como os biscoitos, que alimentam a nossa alma de sonhos, de lembranças e de muita emoção.

Aviso que , nos próximos dias estarei “em retiro”... darei férias para meus escritos e fotos aqui no blog, pois confesso que preciso dar esse tempo por aqui. Desconectar um pouco desse espaço, para ficar ainda mais conectada com as pessoas mais próximas... pois o tempo passa muuuito rápido!

É claro que continuarei planejando e preparando novidades costurísticas para o próximo ano... mas dedicarei minha energia desses dias do ano às mil coisas necessárias dessa época principalmente à convivência com as pessoas que amo.

Desejo um mundo melhor para todos nós...

de muito amor, saúde, alegrias, realizações e vida vivida.
Vamos nos conectar ao carinho e respeito à diversidade desse grupo que sempre nos ensina tanto, as nossas famílias e os nossos amigos.

FELIZ NATAL, e um 2011 de muito amor e luz.
Um abração...daqueles bem abraçados,

Sinara.

A imagem é dos biscoitos de Natal desse ano... lindos, doces e cheios de esperança...

De você sei quase nada...

"De você...

sei quase nada,

Pra onde vai ou porque veio...

Nem mesmo sei,

Qual é a parte da tua estrada...

No meu caminho...

Será um atalho?

Ou um desvio?

Um rio raso?

Um passo em falso...

Um prato fundo,

Pra toda fome que há no mundo!"

Alimento minha alma com boa música... como a de Zeca Baleiro...
Composição: Zeca Baleiro e Alice Ruiz - para ouvir a música e ver o clipe, clique na imagem. Vale a pena.

Costuras de amizade...

Costuro hoje um patch feliz da minha história:
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Era uma vez uma professora de Arte que um dia acordou com muita vontade de costurar...
Ela remendava tecidos desde criança, fez muitas roupinhas para suas bonecas...também costurou suas próprias roupas e outros objetos... o tempo passou, e um belo dia, ela quis reunir, juntar seus tecidos em uma coisa só.
Pedaços da sua vida que reuniam momentos floridos, quadriculados, listados, coloridos. Remendos de vontades e desejos realizados ou não.
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Assim, ela começou com essa coisa do Patchwork ... e conheceu pessoas muito legais, fez cursos interessantíssimos e aos poucos, aprendeu e continua aprendendo muito.
Depois de um tempo, sentiu vontade de reunir outras pessoas para compartilhar tantas idéias, divulgando algo que tinha lhe feito tão bem.

Reuniu o Universo de possibilidades que tinha...e abriu um espaço para um curso onde ela desafiava a si mesma e aos alunos a integração de vontades de Costura e de Arte...
e não é que conseguiu?
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Sim.
Falo hoje de uma experiência única, de um curso chamado: Patchwork e Arte, costurando possibilidades, oferecido por mim a um grupo de pessoas muito especiais e que foi finalizado nessa semana.
A idéia do curso era criar um espaço de estudo, discussão e aprendizagem das técnicas básicas do patchwork feito à mão, integrando o processo da criação artística.
Foram muitos os desafios: trouxemos artistas e obras importantes da Associação Brasileira de Quilt e Patchwork para motivar as alunas nesse processo... visitamos o Festival em Gramado... dividimos endereços, dicas, livros, revistas, coisas que muita gente guarda a sete chaves... e assim tudo começou e um belo grupo se formou.
A diversidade do grupo possibilitou uma bela costura, e um lindo patchwork vivo, e a realização de todos os objetivos.

Durante o curso, as trocas foram imensas, mas registro aqui um momento especial:
Uma costura feita por todas juntas (plano surpresa que elas realizaram em segredo para me presenter no final) composta por alguns tecidos que utilizaram durante o semestre, que me lembram exatamente as idéias e intenções de cada uma...
Confesso que o presente é muito...muito especial!

De composição básica, simples, feito a mão e repleto de significações e sentimentos... o que me emocionou muito.

Eu quis ensinar à elas a linguagem do Patchwork...da Arte...e me alegra o fato de ter mostrado e mobilizado, nas entrelinhas das aulas, tantas outras vontades...
Coisas em que acreditamos de verdade.
Coisas que cada uma traz em si e que só mostra quando encontra um espaço especial.

Gurias... muito obrigada!
Apenas posso desejar que a vida lhes dê em dobro todo o bem que fizeram à mim e que fazem umas às outras. Tenho certeza de que terão vontade de costurar por muuito tempo!
Um grande beijo.

Sinara.
Eis, então, o meu precioso presente:

E outro Mimo, também feito por elas, que já está decorando a minha casa... lembrando cada "miado" do curso:

Muito lindo!!!

Sinais.

Tenho trabalhado bastante...
Divido o meu tempo entre os afazeres profissionais acadêmicos, que são muitos, somados à casa, marido, gata, família... como qualquer pessoa em sua vida real.
Além disso, ainda “invento de costurar”!!!(ouço isso quase todos os dias, tem gente que não se conforma...risos).

Produzi muitas coisas para os meus amigos e também para esses amigos presentearem seus amigos...
É dessa maneira que “A Coisa em Si” está entrando na “Rede Social” - Virtual via Blog e Real, onde encontro muitas pessoas interessadas em ver ao vivo e a cores, os trabalhos e ao mesmo tempo...comprar... conversar, trocar idéias e sorrisos...
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Hoje cheguei em casa cansada... mas logo alguns sinais me lembraram que seria necessário respirar fundo e colocar a mão na massa...opa, nos tecidos!
Uma amiga ligou encomendando algumas Coisas em si... outra colega me mandou uma sacola com tecidos lindos... caso eu queira aproveitar... (adorei!)

E assim vou administrando a vida... "tudo xunto incluído uma feiz!!

Bem...
Lá vou eu....Ao trabalho! ...ou melhor...Às costuras!

Mas antes... que tal um chá, abafado por tecidos de Natal? Esse aqui já foi parar na casa de uma amiga... recheado de canela e cravo, para exalar o perfume de um cházinho descansado... [aprendi a dica com uma das minhas profes de Patch no ano passado... muito chique ela! ]

Seja fiel...

Aos seus sonhos.

Ser fiel aos próprios sonhos...
Dessa vez vou falar sobre algumas leituras de ultimamamente, reflexões que ganhei de presente de uma grandE amiga que me ofereceu o livro de Anselm Grün(monge beneditino da Abadia de Münsterschwrzach) intitulado “Seja Fiel aos seus Sonhos”.

O livro traz em si reflexões filosóficas, poéticas de luz e sabedoria.
Poderia eu também filosofar por aqui... apresentar as reflexões realizadas, mas achei melhor registrar e destacar algumas pérolas retiradas do livro, palavras que nos conduzem aos nossos mais profundos desejos e sonhos: ( Sonhe! E os transforme em realidade...)

“Nos sonhos, a alma pode respirar. Pode-se estender-se e vivenciar sua própria amplidão. E a alma extensa torna também sadio o corpo estreito e limitado em que ela vive”.(pg.76)

“O poeta[ o artista] dá nome ao inominável e faz com que o invisível torne-se visível, abrindo o coração humano para o amplo horizonte do infinito”.(pg. 78)

“Se quiser construir um navio, não reúna pessoas para providenciar madeira, preparar ferramentas, conferir tarefas e dividir o trabalho, mas ensine-lhes o desejo pelo grande mar sem fim”.( frase de Éxupery, citada na pg 89).

“Amarre seu carro numa estrela”, disse Leonardo Da Vinci. Um belo conselho desse gênio da arte que nos sugere uma orientação focada nas estrelas da vida e não no chão, pois somente olhando para frente e para o alto podemos enxergar para além o estreito horizonte do seu tempo.

“Necessitamos de bem querer. Precisamos de experiências e de lugares que nos digam: isto me faz bem. Isto faz bem ao meu coração e a minha alma. Aqui encontro alimento para meus desejos mais profundos e autênticos. Neste caminho posso continuar. Ele conduz à liberdade.”

Vou lá terminar o livro...

Grata surpresa ao recebê-lo... mais grata ainda, a leitura dessas idéias que se propagam nas ondas deste domingo.

Costuro hoje... palavras.

Fuxico do Dia:

Muuuuuu!!!!!

http://www.cowparade.com.br/poa/cowparade.php

Para suspirar...nas mãos de Miss Clara.

Uma amiga me apresentou hoje Miss Clara... e sua arte.

Me apaixonei...suspirei... sonhei... vale a pena conferir o vídeo no link:

http://culturebox.france3.fr/all/9631/miss-clara-et-ses-merveilles-en-papier#/all/9631/miss-clara-et-ses-merveilles-en-papier

e sonhar com as ilustrações e peças no site: http://missclara.free.fr/

Que belo "encontro"... alimento para a alma!

Histórias de Natal...

Ontem arrumei a casa para o Natal...
A cada ano, ao erguer a árvore e enfeitá-la, sou invadida pelas lembranças de todos os Natais da minha vida, memórias tão bonitas que sempre me emocionam e me impulsionam a acreditar sempre em muitas coisas... nas pessoas, em sentimentos positivos que tomam força quando acreditamos e confiamos na vida.

Desde sempre entendi a época do Natal e final de ano como um momento de renovação, de limpeza interior e exterior, tempo de olharmos para tudo na nossa vida... e descartarmos ou reciclarmos o que não se identifica mais conosco, abrindo espaço para o novo...que chega de novo e de novo a cada ano que passa...

Ainda falta um tempinho para o dia 25... mas vale a pena começar a mudança logo... abrindo espaços diários na correria do final de ano para nos conectarmos a algo maior, que guia as boas ações e intenções tão necessárias nos períodos de mudança.

Meu desejo nesse Natal é o de que todos nós possamos aproveitar essa época para transformar e tornar melhor as nossas vidas e a vida de pessoas próximas ou distantes que precisam de alguma força...

Minha gata também fica feliz com as transformações Natalinas...

Olha aí de novo a minha Anita... Natalina!

A foto é do Natal de 2007, seu primeiro ano aqui em casa.

Luxo é...

Uma vida luxuosa é poder viver momentos pessoais importantes... como por exemplo, “se dar o luxo” de fazer algo que faça bem a si mesma, independente do valor material que isso represente.

Para muitas de nós, costurar...é um luxo!

Há algum tempo, minha preciosa irmã se “deu o luxo” de me pedir para costurar um avental para o seu uso diário...
Então, eu me “dei o luxo" de fazer um avental bem lindo e caprichado, que combinasse com ela, que é muito chique...
Um composê de poás e listrinhas que ficou lindo...como ela!

Eu gostei... Perfeito para representar momentos luxuosos... de quem se dá o direito de cuidar da sua casa, da sua família, do seu tempo livre com muito amor e feminilidade.

Patchwork Vivo.

Sabiam que em algumas tumbas egípcias foram encontradas colchas de retalhos enrolando as múmias?
Essa notícia é um dos registros da existência do patchwork na antiguidade...
Quilts com a missão de preservar o corpo pelo isolamento térmico, levando também para a eternidade as imagens, fragmentos importantes da vida pessoal...
Um tempo de memória costurada!
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Os tempos mudaram, mas continuamos compondo eternamente a nossa colcha, a nossa vida, que sempre associo a um patchwork vivo.
Lidamos todos os dias com partes, fragmentos que temos a missão de costurar e transformar. Pedaços conhecidos, partes coloridas, amareladas, cinzas, rasgadas...e até mesmo os “surpresa”, que aparecem de repente e logo são acrescentados aos outros.
E as nossas vivências e vontade em reunir as partes mais importantes, e, porque não, as mais bonitas, vão formando a nossa colcha, vivas em nossa memória, composta por experiências boas e/ou ruins que registram as imagens, o desenho da nossa existência.
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Ontem tive um dia em que “costurei à minha colcha viva” coisas importantes...
Tive o privilégio de participar de um evento que reuniu mais de 1300(!) crianças das APAEs do Brasil inteiro (VIII Festival Nossa Arte).
Todos estavam lá... vindos de tantos estados brasileiros, felizes da vida mostrando a sua arte... emendando pedaços de cor nas suas vidas.
Confesso que voltei pensando nas nossas próprias limitações e fiquei com o sentimento de que não há espaço para preconceito algum quando escolhemos ver apenas o que importa: o amor presente dentro cada um. (pode parecer óvio demais...romântico demais... mas é a pura verdade!)

Agradeço imensamente o bem que me fizeram...

Ao voltar, terminei meu dia revendo o filme Colcha de Retalhos com um grupo de alunas também apaixonadas pelas costuras... obra belíssima que sempre me emociona muito, pela beleza da história que costura fragmentos da vida... cheios de emoção e histórias de superação que nos inspiram a viver melhor.

Cena do filme... vale a pena ver...rever...e seguir costurando!

Força Estranha.

É a voz de Caetano que me inspira nessa sexta feira...

“A vida é amiga da arte

É a parte que o sol me ensinou”...

Bom final de Semana!

Outras Teias.

Quando perdemos o fio...a linha...a conexão, podem ter certeza de que sempre há algo a ser aprendido... refletido....

Há sempre tantos motivos que nos conectam à pessoas "da nossa tribo" que são Grandes Pessoas... sempre dispostas a nos convencer a manter a própria natureza, essa da qual nos distanciamos tantas vezes... pela nossa própria vontade, ou pela dos outros.

À essas pessoas...sou eternamente grata!

...

O livro chegou assim... com hora marcada.

Na capa do livro...um grande patchwork africano bordado.

Seria uma pista?

Começo a ler o livro de Sobonfu Somé, membro da tribo Africana de Dagara...

As palavras trazem em si muitos ensinamentos... vividos pela autora na sabedoria da sua tribo e de seus ancestrais africanos e compartilhada com o mundo através de seus livros.

...

Ao ler o capítulo: O abraço da comunidade, as palavras me parecem tão profundas que fico um bom tempo refletindo sobre elas...

" A comunidade é o espírito, a luz-guia da tribo; é onde as pessoas se reúnem para realizar um objetivo específico, para ajudar os outros a realizarem seu propósito e para cuidar umas das outras. O objetivo da comunidade é assegurar que cada membro seja ouvido e consiga contribuir com os dons que trouxe ao mundo, da forma apropriada. Sem essa doação, a comunidade morre. E sem a comunidade, o indivíduo fica sem um espaço para contribuir. A comunidade é uma base na qual as pessoas vão compartilhar seus dons e recebem as dádivas dos outros".

Esse olhar tão claro das coisas, tão conectado com a natureza humana me emenda à esse inportante fio...

E as idéias se propagam na profundidade da Vida...

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Que bom que hoje é sexta! Terei tempo para saborear a leitura do livro... conviver com a minha tribo... e

Costurar.

Linhas perdidas.

No tecer da minha vida...
Fios fortes...fios frágeis
...
Alguns nós não se sustentam
E se desfazem como teias no vento.
...
Desmancho...
Não adianta remendar.

Teia congelada . Foto de Elisabete Reis

“Sonhar...não custa nada!”

Já dizia a escola de samba... "deixe..a sua mente vagar...não custa nada sonhar... mergulhar nos braços do infinito, onde tudo é mais bonito..."

Já ouviram falar do International Quilt Festival em Houston?


Pois este é o maior e mais tradicional evento de Patchwork do mundo...

Ir para este festival é o sonho de consumo de qualquer quilteira... .
O que posso dizer é que: um dia eu vou lá!
Não me perguntem como e nem quando... mas vou sonhando...(sonhar é preciso...e planejar também !)
Há um grupo de amigas que também sonha com esse dia... e reunir as vontades, quem sabe seja um estímulo para tornar real esse desejo...

Quem já foi, diz que a feira é um paraíso de tecidos, linhas, lãs, feltros, além dos stands de botões e pedrarias, elemento muito usados nos trabalhos de quilt, além da overdose de beleza da exposição de trabalhos em patchwork... e mil aulas e cursos que são oferecidos por lá...

Vale a pena sonhar... e, quem sabe, nos próximos anos... realizar.

Antes que a noite termine...

Quando fico uns dias sem escrever por aqui...saibam que é porque alguma parte minha anda exigindo uma atenção maior... chamo isso de “intensidade trabalhística” que solicita um cuidado especial...talvez o mesmo que tenho com as minhas costuras...
Nesses períodos turbulentos, vejo o meu precioso tempo da criação... das costuras, evaporando.
Escolhas?
Sim.
Responsabilidades?
Também.
Mas hoje, sinto os meus “tecidos” cansados por um dia desgastante... de "trablaho na roça" muitas sementes artísticas plantadas, que podem demorar para crescer e multiplicar-se.
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Mas esse também é meu caminho diário. Escolhido com cuidado e significado ao longo dos anos.
Assim, esqueço o cansaço... e apenas Respiro.

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Amanhã será um outro dia. De Encontro com pessoas que estão na mesma luta do que eu.
Mas....
Antes que a noite termine, me dou o direito de me distrair com meus projetos costurísticos... que são muitos...
Termino o dia/noite apreciando uma parte da “minha coleção” de quadradinhos estampados... que um dia se transformarão em uma colcha (ou cortina) que trará em cada pedacinho, uma lembrança feliz.

.Ps. O "detalhe" da foto é a minha gata xereta ... também é muito interessada em passear sobre tecidos coloridos.

A Alegria Circense...

A cada Festival, muitas novidades...
Sempre reservo um tempo para fazer pelo menos um curso/aula de patchwork e dou preferência aos cursos que podem me oferecer experiências diferenciadas na área costurística...

Já encontrei muita gente interessante e feliz com o que faz.
O que foi o caso do curso: Alegria Circense, ministrado pela professora Cecília Koppmann, professora convidada especial no Festival, vinda diretamente da Argentina.
Aprendi muitas coisas interessantes...costurei, criei e me agrada muito o contato com tantas pessoas queridas, criativas, e fanáticas pelas costuras.
Todas interessadíssimas, onde ninguém perde um detalhe da explicação.
E, na concentração total, ainda há espaço para trocas de informações, segredos de costura, conversas alegres...

As técnicas de costuras em curva e em círculos são muito importantes nso processos da criação em Quilt Art. Cada uma criou o seu “circo”... cheio de intenções coloridas... onde cada detalhe torna-se enriquecedor.
Nossas mãos seguiam livres como as curvas dos tecidos... em momento de ludicidade, pesquisa e aprendizagens...


O resultado do meu exercício foi esse, que batizo de "Enluarada".

E eu gostei muito dessa brincadeira! Já estou cheia de inspirações para um próximo trabalho...

Cecília foi muito querida... além de nos ensinar, nos presenteou com um “regalito” no final da aula: um alfineteiro em formato de anel!
Foi uma alegria só... Na foto, mãos unidas para comemorar o sucesso do curso... algumas colegas gritavam: - Pelos poderes de Cecília...nós temos a força!

Eu também presenteei a profe. com um dos meus tercinhos de botões... e ela adorou!
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Passada a euforia da semana do Festival de Gramado e Feriadão, nesse final de terça-feira de Nossa Senhora Aparecida e das Crianças que habitam em cada um de nós, chega a hora de “aterrisar”...
Me sinto "retornando de Marte”...

A vida segue com nossos compromissos diários... que permanecerá com o doce sabor desses últimos dias.

Vamos lá! (..e.... como diz uma amiga minha: Força na peruca!)

Exibida...e bem colorida!

A vida existe para ser vivida...tecida, usada... e às vezes, rasga.
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Mas se as partes forem cerzidas, redesenhadas, costuradas novamente... nos transformam em pessoas inteiras.

Ao aprender a apreciar os retalhos da vida, foram os tecidos coloridos que me chamaram...
Esses que me disseram também que queriam ser vistos por outras pessoas...
Então, inscrevi um desses meus “trabalhos significados” na categoria Estreante, do Concurso Nacional de Quilts do 13. Festival de Quilt e Patchwork em Gramado... realizado nessa última semana (ao todo foram mais de 200 trabalhos inscritos na Mostra, 21 na categoria estreante).

E meu trabalho recebeu Menção Honrosa do Júri!!!
Um trabalho feito todinho a mão... que vocês já viram por aqui...
É claro que fiquei muito feliz...
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Se estou exibida?
Sim e bem colorida!
Tenho que admitir que estou muito orgulhosa...

Obrigado à vocês, pessoas tão queridas que passam por aqui e me motivam a cada dia a seguir por esse caminho que nos traz tantas alegrias!

Créditos da Foto: Douglas Trancoso, realizada em 08/10 em Gramado, no Festival.

A vida centenária.

Hoje foi um dia feliz.
Por muitos motivos Vivos.
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A companhia de pessoas especiais...
Presenças da Vida que habita em raízes profundas como as da árvore multissecular que abraçamos...
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Ali, aos pés da Mãe Natureza, ouve-se a respiração do mundo.
Sente-se imensidão do tempo e percebe-se a conexão que às vezes nos falta.
Presente da vida, que honra quem permanece fiel às suas verdades.
A imagem é da árvore que vive há muitos séculos... plantada nas proximidades de Nova Petrópolis e que foi abraçada por mãos amigas... no dia de Hoje.
Fragmento/retalho de um dia feliz, repleto de belas surpresas.

Quando nos falta tempo...

Em uma semana corrida, e sem muito tempo para costurar ou escrever... aquela voz lá de dentro segue cantando com Renato Russo:

"Todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou. Mas tenho muito tempoTemos todo o tempo do mundo...
Todos os dias, antes de dormir, lembro e esqueço como foi o dia....sempre em frente! Não temos tempo a perder...
Nosso suor sagrado, é bem mais belo que esse sangue amargo...
E tão sério...e Selvagem! Selvagem!Selvagem!...

Veja o sol dessa manhã tão cinza, a tempestade que chega é da cor dos teus olhos Castanhos...
Então me abraça forte...
E diz mais uma vez que já estamos, distantes de tudo.
Temos nosso próprio tempo. Temos nosso próprio tempo. Temos nosso próprio tempo...
Não tenho medo do escuro...mas deixe as luzes....Acesas agora!
O que foi escondido é o que se escondeu, e o que foi prometido, ninguém prometeu.
Nem foi tempo perdido....Somos tão jovens...
Tão Jovens! Tão Jovens!..."

será?

Resolvendo a vida com simplicidade.

fiapos...farrapos...tirinhas... tão simples e tão importantes. Esses serão transformados em algo bem bonito e usável... quem sabe uma manta de tirinhas?


Já pararam para pensar em como complicamos as coisas? Como temos a mania de achar que tudo fica difícil?
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Muitas vezes parecemos aquela Hiena do desenho...que vivia repetindo: oh céus...oh, vida!
Mas então os desafios diários aparecem e ao precisarmos resolver alguma coisa complicada, lá vem o resmungo, a falta de aceitação ou de humildade, pois precisamos(?) resolver tudo logo...

É importante(?) participarmos de todas as reuniões, conversar com todas as pessoas, comprar todos os tecidos, realizar todas as costuras...
Assim, em muitas situações vamos nos distanciando, perdendo aquilo que nos é mais importante. - - - -
Ao escolher um caminho mais simples e verdadeiro, que nos conecte ao nosso coração...aos argumentos da mente, mas principalmente aos sentidos do corpo e da alma, passamos a responder com verdade os desafios de cada dia:
Sim ou não.
Vou ou não vou.
Quero... não quero.
Por que?
Porque me faz bem.
Porque serei feliz indo por esse caminho com o qual me identifico,
Porque essa estrada não me distrai nem me distancia de mim mesma...
Fácil?
É claro que não. Mas muuito importante.

E a simplicidade ou conexão nos leva à fluidez... ao rio correndo, ao tempo certo... de respeito, de amor, paciência e confiança necessária para viver bem.
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Por isso...não deu para costurar hoje?

É uma pena... mas quem sabe acordaremos menos complexos amanhã...simplificando as coisas e nos comprometendo ainda mais com tudo aquilo que nos torna verdadeiros.

Um pouco de Arte...

Ampliando aquela minha pesquisa sobre as imagens de obras de Arte com temática da costura, encontrei um vídeo interessante...uma leitura de uma obra de Velázquez, as Fiandeiras:

Gostei da leitura, que é ampliada pelas referências de cada um... se quiseres assistir, é só clicar na imagem.

Trapunto de cordão...à mão.

Ando com saudade de costurar em grupo...
Sentar com pessoas especiais e ficar ali, costurando e conversando...por puro prazer, onde cada uma concentra-se nos seus trabalhos compartilhando boas risadas.
Panos coloridos... agulhas, alfinetes pela mesa...talvez alguns botões...
Um café... um bolinho... e a festa estava feita!
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Durante a aula de patchwork - lá na Eliana, fui curiosar um trabalho feito por ela em Trapunto.
Até aquele momento eu jamais imaginaria que havia uma técnica de costura assim...
Então ela me explicou que aquela era mais uma maneira para ornamentar trabalhos em tecido...
O Trapunto é um termo italiano que significa "bordar e encher”.

Este estilo nasceu por volta do século XIV, na Sicília. Tornou-se popular para o vestuário e outras decorações em algumas partes da Europa, especialmente na Inglaterra, (1485-1550), Marselha e França, (1600).
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O Trapunto chegou à América pelas mãos de mulheres imigrantes provenientes destes países. Uma trabalho feito com essa técnica sempre é considerado elegante.
A técnica consiste em harmonizar a costura, linhas e pontos contornando desenhos de flores, folhas, geométricos ou outros motivos. Algodão ou fios recheiam de um jeito especial o desenho.
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Fiquei encantada porque “a coisa” ficava em alto relevo, dava para ver e "sentir" o desenho!
Não deu outra: fugi do Script das aulas e lá estava eu aprendendo o Trapunto de Cordão...feliz da vida.
É uma delícia fazer... primeiro vem o desenho, depois a costura, depois o enchimento das linhas desenhadas com o cordão... e mais alguns detalhes para que fique tudo bem bonito e caprichado...
Na época, fiz uma almofada que foi oferecida de presente de aniversário para minha mãe.
Agora, me deu novamente aquela vontade de costurar os desenhos....
Em breve mostrarei as minhas novas almofadas "trapuntadas" prontinhas...

É preciso aproveitar...e reaproveitar.

Nessa semana, recebi um e-mail com algumas dicas para economizar o planeta e tornar a vida mais simples...
Aliás, há meses eu andava brigando com as caixas de leite que agora vem com uma tampinha plástica, as mesmas das garrafas Pet.
Fico chateada ao pensar que mais esse monte de tampinhas irão parar no lixo... na rua... nos rios e mares... matando peixes e tartarugas como tanto ouvimos falar.
Até deixei de comprar a marca do leite e suco que “oferecem as tampas gratuitamente” nas caixas, tornando mais prático(mas poluindo mais). Infelizmente, não dá para fugir sempre desse consumo e algumas delas ainda aparecem aqui em casa...
Mas gostei da idéia de reaproveitar as tampas, utilizando as mesmas como “lacre” de embalagens abertas em casa. Já testei... é bem prático, é só cortar a tampa e rosca da embalagem, passar o saco aberto pelo centro e "rosquear". Passei a utiliza-las:

Para fechar o pacote de arroz aberto:

Ou quem sabe um pacote de biscoitos... a tampa veda bem:

Uma boa idéia, que realmente merece ser divulgada.

Aproveite a vida... e re-aproveite.
TUDO!
É preciso reciclar... a matéria...as ações...as idéias...
Ah! Tecidos também!
Lembrando que pedacinhos combinados sugerem criativos trabalhos...
O planeta agradece!

"Não se acostume com o que não o faz feliz"...

"Não se acostume com o que não o faz feliz,

revolte-se quando julgar necessário.

Alague seu coração de esperanças,

mas não deixe que ele se afogue nelas.

Se achar que precisa voltar, volte!

Se perceber que precisa seguir, siga!

Se estiver tudo errado, comece novamente.

Se estiver tudo certo, continue.

Se sentir saudades, mate-a.

Se perder um amor, não se perca!

Se o achar, segure-o!"

Fernando Pessoa

Retalhos.

Há dias em que tudo fica tão claro. Transparente. Lúcido.
Nesses momentos, só posso pensar em Instinto. Conexão. Caminho.
Significação.
E assim, ao escrever essas palavras, fragmentos, idéias... esses meus outros “retalhos” costurados, remendados vida afora, integro-me (e me entrego) ao Mar da Vida, esse que nos leva e traz em suas ondas constantes e infinitas.
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Coleciono retalhos tecidos e vividos.
Inclusive, em uma das minhas primeiras “invenções costurísticas”, me preocupei em reunir tecidos que lembravam de pessoas da minha família, retalhos guardados, sobras de roupas costuradas pela minha mãe e avó.
Pedaços regatados daquele saco de retalhos de família, onde as nossas mães e avós, com pena de colocar fora e com consciência ecológica, guardaram para que fossem reaproveitados um dia.
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O retalho abaixo é especial: um pedaço de uma camisa que era do meu avô... irá compor um futuro projeto.
Mas... ao lado... uma imagem que fotografei ontem, ao lembrar dele na vida que ainda florece pelas suas mãos a cada ano... as suas orquídeas... plantadas e multiplicadas por ele (e por minha mãe que fez muitas mudas) em muitos lugares na casa dos meus pais...
Paixão Viva que era dele... e que agora também é nossa:


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E a vida segue nas sementes plantadas por cada um... que crescem e florescem.

Generosidade... passe adiante.

No dia a dia, sempre encontro pessoas generosas... boas de coração, de alma, que compartilham, dividem, emprestam, doam sem esperar nada em troca.
E confesso que tenho aprendido tanto... pois essas conexões mobilizam em mim a vontade de passar tudo isso adiante (me lembrei agora do filme A corrente do bem...já viram? é bem legal)

É importante que cada um seja primeiro generoso consigo mesmo, oferecendo a si próprio coisas boas, pensamentos positivos que impulsionam para o bem, pois só reconhecemos ou estimulamos no outro aquilo que tivermos exercitado em nós mesmos, seja para o bem, ou para o mal.
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Hoje pela manhã, ao procurar em uma loja um pedaço de tecido que faltava para finalizar um trabalho, reencontrei uma pessoa muito generosa. Ganhei um presente sem esperar... junto com palavras bem legais que me deixaram feliz.

Por isso, em um sábado cheio de tempo para coisas boas, vale a pena lembrar disso... viver isso.

Elogie alguém hoje... presenteie alguém com o teu sorriso, com o teu carinho, com as tuas costuras.
Vale a pena.

A foto é da minha Anita... uma gata generosa, que oferece lambidas no rosto e um ronrom amoroso que é especial.
Bom final de semana!

Para inspirar...

Livros... livros...tecidos...
Tesouros que guardam segredos, idéias, palavras.
Enlouqueço com livros de patchwork... já tenho alguns muito bons, mas atualmente há uma infinidade de títulos a nossa disposição, que chegam às nossas mãos por diferentes vias: pelas mãos de amigas patchworkólatras, pelas prateleiras das boas livrarias ou pelas visitas e compras nas livrarias online.

Vou confessar que dedico semalmente um tempinho para bisbilhotar livros...de Arte e de Patch. São momentos importantes e inspiradores, de pesquisa e apreciação.
Há alguns materiais para consulta online, com recursos onde podemos folhar e ver o conteúdo... e as muitas idéias de pessoas tão apaixonadas como nós.
Encomendei alguns livros lindos...que demorarão um tempo para chegar, mas já estou contando os dias para vê-los... “ao vivo e a cores”...

Algumas pessoas me dizem: "Credo... esse teu fascínio não é normal"!
Mas e daí? Existe alguém normal hoje em dia?

Ser normal é viver sob normas... regras convencionadas... enquadradas, formatadas.
Acho que se for assim, - Sim, admito que na maioria das situações preciso ser normal, mas me permito em muitas outras ser Anormal, a ponto de causar estranhamento em quem não compreende como é bom costurar quando bate aquela vontade...risos...
Preciso das normas, da técnica, das convenções da costura que me permitem inventar, explorar, criar...recriar... todos os dias - novas e velhas idéias.

No livro: The Farmer’s Wife Sample Quilt de Laurie Aaron Hird, encontrei essa imagem:

Trabalho lindo...em blocos harmônicos, criativos... cheio de “normas”.

Ai...ai... Suspiro!... Lindo né?

Saudade...

Sempre achei essa palavra tão linda... talvez uma das mais bonitas do dicionário... tão cheia de memória... de passado... de vida vivida.
...
Eu tinha apenas 10 anos...
E era apaixonada pelas figurinhas da Sarah Kay...
Romântica, eu suspirava ao ler cada frase que acompanhava as lindas imagens...
Elas sempre chegavam aos meus olhos como poemas belíssimos em frases que me faziam pensar sobre a vida: - “Seja quem for...trate com amor"

Ainda guardo até hoje o álbum feito com tanta empolgação...e as figurinhas já me inspiraram nos projetos em patchwork, como na colcha que fiz para a minha afilhada e que já mostrei por aqui há tempos...

O detalhe de hoje é esse desenho que e encontrei dentro do álbum, já amarelado pelo tempo.
Naquela época, eu passava horas desenhando atentamente as minhas figurinhas preferidas ... Confesso que esses achados da vida me emocionam... e me fazem perceber que desde aquela época eu já gostava de tecidos floridinhos... gatos... frases bonitas... desenhos da vida.

Ponto - - - - de vista.

Sentei para escrever sobre o frio desse inverno... filosofar sobre o chuvisqueiro de ontem, da ventania de anteontem, da neve da semana passada...
Então, coloquei do outro lado da “balança” o lado aconchegante do inverno, da aproximação que aquece, da bebida quentinha que consola o coração.
...
É claro que sinto saudades dos períodos de sol intenso, água de côco na beira da praia, pés descalços na beira do mar... brisa no rosto.
Mas ao mudar o ponto de vista abrimos a possibilidade de Contemplar a chuva...Sentir o frio... e Consolar-me no calor humano dos Viventes mais próximos... sim, esses que Vivem muito!

Então... para me aquecer e mudar o meu ponto de vista, fui costurar... (que novidade!)
A missão era um presente, encomenda feita no capricho...
Olha só o resultado:


Um linda e prática bolsa...
Para desfilar por aí com ela cheia de coisas e bons pensamentos...
Ou guardá-la fechadinha, em estilo carteira, até o próximo passeio.
São dois pontos... de vista... ou de uso!

"Acaso"...

"Se procurar bem,

você acaba encontrando

não a explicação (duvidosa) da vida,

Mas a poesia (inexplicável) da vida".

Carlos Drummond de Andrade

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Achei lindo...e profundo.

Ganhei -de presente essa a frase/poema/resposta de uma amiga... que, nesse momento, aqueceu ainda mais esse meu domingo dedicado aos nossos Pais.

Achei!

Coisa séria quando perdemos algo e não encontramos. Sabemos que está em algum lugar, temos certeza absoluta que vimos ainda há poucos dias, mas ao necessitar daquilo....nada.
Então, são incontáveis minutos de “busca e apreensão” do objeto perdido. E montamos e desmontamos o quebra-cabeça para desvendar esses mistérios...

Ultimamente, quando isso acontece, simplesmente páro de procurar.
Apenas espero, se não for nada urgente, é claro.

Tenho a impressão que alguns objetos se escondem “de propósito”, só para nos desafiar, dizendo: - Tá me procurando? Agora não estou a fim.
E ao largarmos da idéia fixa, não é que “a coisa” aparece?
Assim, sem mais nem menos...

Interessante é que sempre quando procuramos algo, encontramos outras coisas perdidas ou esquecidas que estavam aguardando esse re encontro... e isso não se acontece apenas quando procuramos objetos... há muitas coisas na vida que buscamos, mas que nos encontrarão na hora certa.

Hoje, ao procurar desesperadamente alguns documentos arquivados em alguma lugar do meu computador, encontrei uma pasta de fotografias de registros de trabalhos meus patchwork, realizados em 2008.
Gostei de revê-los, pois são de imagens de "objetos costurísticos" que foram parar na casa de amigos... presentes de uma amiga viciada em costuras...

Eu gosto dessa... foi uma almofada feita com estilo para o aniversário de uma amiga de muito Estilo:


Pois é... muitas vezes, perdemos algumas coisas... encontramos outras... e a vida segue.
... Mais tarde publico mais uns dos meus achados e perdidos.

Surtos costurísticos...

Hoje estou "surtada"... risos...
Costumo dizer que me empolgo demais ao encontrar mil coisas sobre patchwork...
São esses os motivos dos meus surtos costurísticos: sites, blogs, lojas, livros... revistas... vídeos e informações legais sobre patchwork e costuras na internet...

Quando estou em uma loja de tecidos ou acessórios de patch então, fico como criança em parque de diversões...

Mas o motivo do meu surto de hoje foi encontrar alguns livros maravilhosos da Historiadora Bárbara Brackman... é claro que enlouqueci com muitas coisas, inclusive com a foto abaixo, que achei lindíssima:

Não dá para perder o detalhe da menina costurando concentradíssima, cercada pela riqueza das texturas decorativas ao seu redor... imagem de 1908, em um dos posts do seu blog.

Muitas coisas linda para ver no blog dela, aproveitem! http://barbarabrackman.blogspot.com/

Eu costumo dizer para as minhas amigas... “me segurem”!!!!

Um bom final de semana para quem passar por aqui!

Sinara.

A importância de Celebrar...

Há tempos essa palavra me “persegue”... então, me vejo pensando por horas sobre o seu sentido... literal, simbólico, mental, afetivo, real.

Se houver dúvida, o dicionário logo apresenta a tradução:
“celebrar é comemorar, festejar, realizar, exaltar”.

Celebrar a vida é vive-la na sua intensidade mais verdadeira.
É praticar a própria natureza, valorizando a si mesmo e ao outro do jeito que É.

...
Somos tão iguais...tão diferentes... tão valiosos!
E é essa diversidade que precisa ser celebrada, comemorada, festejada todos os dias...

Nesse dia 28, tenho muitos motivos para comemorar a vida e dedicarei esse dia à celebração do aniversário do meu Pai, que comemora hoje uma vida vivida com honestidade, bom humor e muito amor.
Ele ganhará um presente diferente... costurado, celebrado, vivido, significado.

Pai. Feliz Aniversário!

* Travesseirinho/almofada para apoiar os seus joelhos ao deitar... aliviando a coluna... (é melhor prevenir com amor né?) Ficou lindo (eu achei...) e acho que ele também vai gostar...

"Coser e Cantar"...

Planejo.
Sonho.
Escolho.

Passo, desenho, recorto, remendo.
Costuro cores, listras, flores, fibras, calor, camadas.

Canto...e fico no meu canto.
Repleta de fios... agulhas...farrapos..botões.

E assim... cada objeto costurado ganha alma e poesia para viver...

É pela alquimia das mãos que costuram que coisas simples viram ouro.
E a ação trans forma os panos... e o tempo.






"embalo minhas costuras de hoje com as imagens de uma parte do Musical El Barberillo de Lavapies - Coro Costureras y Caleseras.
Quer ouvir? Clique na imagem, ou aqui.

“Férias costurísticas”.

Como é bom tirar férias costurísticas...
Esses momentos especiais que conseguimos nos dar de presente...como passar um sábado inteiro aprendendo coisas que nos renovam...recarregando nossas baterias... nos enchendo de inspiração para a vida.
Compartilho com vocês um momento das minhas "férias" com um grupo de quilteiras famosas... inspiradíssimas...
Participei da oficina criando composições em tecidos, com Myriam Melo, no Encontro Gaúcho de Patchwork, em Porto Alegre.
Eu já era “fã” da Myriam e havia lido alguns de seus textos, onde ela costura as suas palavras às tantas questões do contexto do feminino com muita sensibilidade... e as suas criações são sempre riquíssimas.

A aula foi muito agradável, abrindo tantas possibilidades para a criação com retalhos, como a composição de novos tecidos, confecção de roupas e até mesmo tingimento de peças prontas...

Aqui, mostro um detalhe da composição do tecido realizado em aula (após a inspiração... muuita transpiração... alfinetar, costurar, dar o acabamento com fitas, realizar as aplicações, quiltar, recortar, costurar novamente... curtindo todo o processo, é claro... dando boas risadas... conhecendo pessoas legais):

Depois de pronto, hora de trasnformar o novo tecido em um colete bem colorido...

Há ainda a possibilidade de dar um ar mais sóbrio ao patchwork, tingindo o pano antes da confecção da roupa...

O Detalhe é do casaco famosíssimo da Profe... onde ela produziu os tecidos para uma importante grife... que transformou seus tecidos em casacos lindíssimos...

Aqui:
Sinara e Myriam... em um encontro alinhavado por...aprendizagens... panos coloridos... e muita simpatia!

Quando a velocidade diminui...

Tão bom desacelerar...
Estacionar o carro... andar a pé...de bicicleta.
Pedalar... na velocidade reduzida que nos permite ir a tantos lugares onde o tempo e a energia investidos dependem unicamente da disposição do ciclista e dos seus objetivos de chegada.
...
Quando a velocidade diminui, ficamos atentos a detalhes diferentes da paisagem cotidiana. Conseguimos prestar atenção no sorriso de quem passa na rua... na expressão de cada um que cruza por nós... no recolhimento que o frio possibilita em tempo real.
Presente.
.
No último final de semana troquei as costuras da máquina a motor pela minha máquina de pedal...(aquela tão especial...).

E me impressionei com a sensação vivida pela costura lenta e meditativa presente nos mistérios rudimentares de uma máquina antiga...
Então, coisas simples tornaram-se importantes, retomando a consciência da ação da costura a cada pedalada...artesanal, ecologicamente correta, quase como a feita a mão.
Inteira.
Alguns momentos de folga se aproximam... é hora de desacelerar!
De celebrar o ócio... o vácuo... a Vida.

Tempo de costurar...

(Ilustração de Jessica Thurman: The Seamstresss Watercolor)

Propagações de UM minuto*...

UM...
Onda...Oceano..água...mar... peixes...areia...algas... organismo.
Um.
Corpo... alma...sorriso...mão...pulsação...dor...respiração.
Um.
Dia...final de tarde...manhã...meia noite.
Um.
Árvore...folha...terra...cimento...pessoas...sol...lua.
Um.
Divino...maligno...venenoso... Humano.
Um.
Terra...planeta...estrela... órbita.
Um.
Eu...tu...a gata...o cachorro...a chuva que cairá.
Um.
Agulha...linha...tecido...alfinete...lápis...tesoura...régua.
UM.

* Ondas de pensamentos que se propagam em UM minuto de folga dessa quinta feira...

UM.

Somos Dois e somos Um.
Vivemos momentos felizes e tristes...
Acordamos fortes... mas ao longo do dia, cansados, nos sentimos fracos.
Em determinados contextos, somos inteligentes... em outros, ignorantes...
Saudáveis ou doentes...
Ricos ou pobres... belos ou feios...
...
Decida agora: é 8 ou 80!
...
Estou lendo um livro que me faz pensar na importância de simplesmente Ser...
nem mais...nem menos, mas apenas: Inteiro!

Penso que Viver a nossa inteireza tem tudo a ver com as nossas escolhas...
Com a coerência entre aquilo que pensamos, dizemos e vivemos.
Também de acordo com as nossas próprias opiniões, que serão sinceras se ocorrerem a partir do que aprendemos...experimentamos... integramos à nossa vida.
Todos podemos viver na totalidade se formos UM.

Celebrar cada momento. Perceber as possibilidades de escolha que sempre surgem quando alguma chance foi perdida.
Viver as escolhas integrando sentimentos que não devem ser separados, pois a vida não acontece sem eles.
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Gosto de patchwork também por me permitir viver a minha Totalidade e a de mesclar tecidos compondo com tons claros e escuros que me indicam sempre a importância da Integração dessas dualidades, que, quando compreendidas juntas, tornam-se Uma coisa só: a vida Inteira.

ps. detalhe da aplicação em uma peça costurada por mim há tempos... símbolo da integração de muitos sentimentos que se tornaram Um só.

Deixando quieto...

Deixar quieto... ver no que vai dar... prestar atenção.
A consciência... sempre tão valiosa, normalmente é quem condiciona o discernimento de nossas ações diárias. Mas é importante aquietarmos alguns pensamentos para que sejamos conduzidos por outros caminhos, talvez mais amorosos.

Um aperto no peito, uma dor em alguma parte do corpo que está sendo exigida demais, um desconforto ao encontrar alguém.
Sentimentos incômodos, sutis na maioria das vezes, sinalizados por uma parte nossa que implora para preservar o que há de mais verdadeiro dentro de si mesmo.

Por isso, deixar quieto pode ser importante para intuir a próxima ação.
Aceitar a quietude do outro também pode abrir espaço para prestarmos atenção na nossa própria voz interior e em sentimentos que nos invadem, mas que a nossa razão pede sempre para falarem mais baixo.

Em muitos dos meus momentos de quietude... costuro.
E me concentro nos sentimentos que essa ação gera em mim, pois é nesse silêncio que muitos sentimentos são ouvidos atentamente... murmurando suas angústias... oferecendo suas soluções, acomodando o que é necessário.

Tecidos floridos são falantes...estampas graúdas gritam...pequenas, falam com delicadeza.
Listados traduzem certo equilíbrio...
Os de bolinha suspiram pensamentos divertidos.
Os lisos trazem a leveza do seu silêncio ou da sua cor.
Mas o patchwork só acontecerá se houver a conversa harmoniosa entre retalhos falantes e/ou silenciosos.

Na imagem acima... a quietude ou a falação dos apetrechos de costura, da ilustração em Aquarela de Jerry Pinkey, presente no livro: The Patchwork Quilt, by Valerie Flournoy.

Conjugando alguns verbos importantes.

Acreditar. Buscar. Trabalhar. Confiar. Elogiar. Superar...e é claro: Costurar.

Palavras. Verbos. Intenções. Ações.
Algumas situações vividas ultimamente me conectaram a essas idéias e o retorno constante às palavras.
Ando meditando sobre a sua conjugação diária: .. eu acredito...tu acreditas...ele busca... nós buscamos... vós trabalhais...eles confiam... eu confio...nós elogiamos...
Todos superam se conjugarem os verbos anteriores.

Normalmente conjugamos tudo na primeira pessoa, o eu.
Mas quando nos damos conta da conjugação da vida no coletivo, o nós... milagrosamente essa palavra perde o S...e transforma-se em Nó que reforça o início de qualquer costura, certificando que a costura não soltará "na primeira puxada".
É claro que o nó precisa ser feito no capricho, senão, desmancha mesmo... e sem os nós, não há costura que resista muito tempo.

Independente da atividade que exercemos diariamente, a conjugação literal dessas palavras torna-se possível quando fazem parte das nossas vidas.
Lembrei agora que na escola (há + ou - “mil anos atrás”...risos) minhas sábias professoras pediam exercícios diários, onde “cantávamos” em tempo real, os verbos no presente, passado, futuro. Confesso que nunca soube direito a conjugação do tempo “mais que perfeito” ...e nesse momento, percebo a essência, o recado presente nessa minha dificuldade:
Se ningém é perfeito... Mais que perfeito então... impossível! Risos...

E nesse “surto, insight, bobeira, loucura ou lucidez” dessas palavras,
desejo apenas que saibamos conjugar os verbos das nossas vidas no tempo certo para cada um.
- - - - - - - - - - - - - - -
Eu gostei de escrever isso...
Tu buscou minhas palavras...
Nós elogiamos as ações que fazem pessoas viver melhor...
Vós trabalhais a cada dia para tecer o teu destino...
Eles confiam na nossa superação diária.

Todas nós costuraremos muitas idéias, palavras, tecidos...e momentos felizes.

Intuições de Inverno!

Nesse dia 21, tento arejar meus pensamentos, antes que o sol diminua...e o frio os endureça.
O Inverno chega Hoje...com seu tempo de recolhimento.
E com ele, também chega a necessidade de mantermos muitas coisas aquecidas durante dias gelados... principalmente, o coração.
...
Tantas exigências diárias, cobranças internas e externas. Ausências... silêncios profundos que precisam ser sentidos...esses que sussurram dentro da gente enquanto as vozes externas gritam tantas outras coisas...
...
Intuir. Olhar para dentro. Manter a fidelidade a si mesmo.
Eis o desafio maior dessa e de todas as Estações da Vida.
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Das costuras... O Inverno nos dará uma força para que elas tenham mais espaço nos dias frios... nos aquecendo com suas estampas coloridas.

Esse é a primeira parte de um projeto de muitos quadradinhos coloridos que espera pelo frio e pelos momentos de folga para costurar-se a outros tantos pedaços...

Investimentos que compensam...

As coisas que herdamos de quem nos é mais querido nos mantém costurados ao tecido familiar. Esse mesmo...tão turbulento e ao mesmo tempo tão amoroso, que nos identifica de alguma maneira.
...
Um tempo depois que a minha avó partiu, todos quiseram que a máquina de costura ficasse comigo, justamente pela relação que tenho com a costura e afins.
Eu já falei por aqui que a trouxe para casa como um amuleto de sorte, a "divindade" que habitou um pedaço da minha casa.
Resolvi, então, na mesma semana “dar um trato” na máquina para colocá-la em uso novamente.
E assim foi:
Lá fui eu conhecer meus vizinhos...dois irmãos que são excelentes escultores e marceneiros, que se encantaram ao ver a minha vontade em recuperar e preservar a máquina da minha avó. Eles também se envolveram na minha história, lembraram da sua mãe costureira, e capricharam no demorado restauro...

Logo em seguida, perambulei por várias lojas que fazem manutenção de máquinas de costura... mas em uma delas um simpático homem tratou a minha máquina como uma Divindade.
A sua experiência com esse tipo de máquina era evidente, e logo foi me falando que era mesmo uma máquina especial, me contando sobre o processo de fabricação, detalhes da época em que foi produzida, e é claro, também relacionando às suas histórias pessoais... e lembrando da sua mãe que também costurava (essas lembranças me chamaram a atenção...mas falo sobre isso outro dia).
É claro que a máquina ficou lá... e ele disse que a devolveria renovada, pronta para atuar novamente. E tenho certeza de que, pelo brilho do seu olho, ela voltará "tinindo"....
...
Vou buscá-la amanhã... e pedalarei para costurar como essa moça da imagem ao lado, na minha “máquina nova”.
...
Mostrararei tudo por aqui em breve.

Vôo...tão perto...tão distante.

Ando com saudades dos meus botões...
Dos meus panos e tecidos coloridos que se acumulam na minha malinha vermelha de bolinhas brancas.
Das horas sentadas costurando três pontinhos e voltando um, fixando a costura a mão.
Da ação de planejar a costura, desenhar o projeto, escolher os tons, medir os moldes, transferir para o tecido com a margem correta.
Quero meus alfinetes de bolinha...
Minha tesourinha dourada que tem estampada uma ave bicuda que corta pequenos fios.

Quero usar o dedal especial de couro, que me protege dos furos das agulhas.
Quero passar horas alinhavando o “sanduíche” que compõe um patchwork: o pano costurado, a fibra, o forro...
E depois, unir tudo com pontos... o famoso Quilt, essa modalidade de costura e desenho que une, acolchoa as três camadas.
Quero ainda, poder realizar os acabamentos, a borda, o viés...
E ficar cuidando para os cantos ficarem corretos... bem feitos.

E depois, me sentar sem culpa, admirando todo o tempo destinado àquele trabalho.
Vivido, pensado, compartilhado.
Onde cada ponto guarda em si um pensamento,
Ou a vontade de uma vida mais livre.

Linha...

Da vida.
Do trem.
Das mãos.
De expressão.

Linha de pesca, cruzada, trançada, cheia de nós.
Fio que conduz. Costura. Remenda. Arremata.
Cordão... umbilical.
.
.
.
Limite.
.
Destino
.
Diferença.
.
Possibilidade.
.
.
.
. ou simplesmente...ausência.