As coisas que herdamos de quem nos é mais querido nos mantém costurados ao tecido familiar. Esse mesmo...tão turbulento e ao mesmo tempo tão amoroso, que nos identifica de alguma maneira.
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Um tempo depois que a minha avó partiu, todos quiseram que a máquina de costura ficasse comigo, justamente pela relação que tenho com a costura e afins.
Eu já falei por aqui que a trouxe para casa como um amuleto de sorte, a "divindade" que habitou um pedaço da minha casa.
Resolvi, então, na mesma semana “dar um trato” na máquina para colocá-la em uso novamente.
E assim foi:
Lá fui eu conhecer meus vizinhos...dois irmãos que são excelentes escultores e marceneiros, que se encantaram ao ver a minha vontade em recuperar e preservar a máquina da minha avó. Eles também se envolveram na minha história, lembraram da sua mãe costureira, e capricharam no demorado restauro...
Logo em seguida, perambulei por várias lojas que fazem manutenção de máquinas de costura... mas em uma delas um simpático homem tratou a minha máquina como uma Divindade.
A sua experiência com esse tipo de máquina era evidente, e logo foi me falando que era mesmo uma máquina especial, me contando sobre o processo de fabricação, detalhes da época em que foi produzida, e é claro, também relacionando às suas histórias pessoais... e lembrando da sua mãe que também costurava (essas lembranças me chamaram a atenção...mas falo sobre isso outro dia).
É claro que a máquina ficou lá... e ele disse que a devolveria renovada, pronta para atuar novamente. E tenho certeza de que, pelo brilho do seu olho, ela voltará "tinindo"....
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Vou buscá-la amanhã... e pedalarei para costurar como essa moça da imagem ao lado, na minha “máquina nova”.
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Mostrararei tudo por aqui em breve.
18 de junho de 2010
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Oi, Sinara...
ResponderExcluirLendo esse belo texto, "dou asas a muita imaginação"... que é lindo a relação que você faz...tecido familiar, algo muito especial.
Tô curiosa pra ver como vai ficar sua máquina..
Novinha em "folha".
Felicidades!
Bjs,
Eliane
Querida!
ResponderExcluirA máquina ficou linda...já costurei uns paninhos nela. Confesso que foi uma emoção muito grande, como se a minha avó estivesse aqui, junto comigo... logo logo vou publicar uma foto minha costurando...
Bjs Eli!
Si.